cover
Tocando Agora:

Placa Solar ou Geração Distribuída de Energia? Entenda qual faz mais sentido

Placa Solar ou Geração Distribuída de Energia? Entenda qual faz mais sentido para reduzir sua conta de luz – Crédito: Divulgação Quando se fala em ener...

Placa Solar ou Geração Distribuída de Energia? Entenda qual faz mais sentido
Placa Solar ou Geração Distribuída de Energia? Entenda qual faz mais sentido (Foto: Reprodução)

Placa Solar ou Geração Distribuída de Energia? Entenda qual faz mais sentido para reduzir sua conta de luz – Crédito: Divulgação Quando se fala em energia solar A primeira imagem que vem à cabeça de muita gente são telhados cobertos de painéis fotovoltaicos. Essa é uma solução cada vez mais popular, mas não a única forma de consumir energia limpa no Brasil. A chamada Geração Distribuída Compartilhada (G.D.) cresce em ritmo acelerado justamente por resolver um dos principais obstáculos de quem sonha em gerar energia própria: o alto custo de instalação e a falta de espaço para painéis. Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), mais de 90% dos brasileiros vivem em apartamentos ou imóveis comerciais onde não há área, ou autorização, para instalar placas solares. O sol como ativo energético O Brasil está entre os países mais privilegiados em incidência solar no mundo. De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), em boa parte do território a radiação diária supera 5 kWh/m². Em termos práticos, significa energia abundante quase o ano inteiro, um recurso que poderia reduzir nossa dependência das bandeiras tarifárias e da oscilação nos preços da eletricidade. Transformar o sol em economia, no entanto, não é simples. E aqui se abrem dois caminhos: instalar placas próprias ou aderir à energia limpa compartilhada. No telhado ou à distância? A placa solar própria é a imagem clássica: o consumidor compra os equipamentos, instala no telhado e passa a gerar sua própria energia. A conta de luz cai, mas o investimento inicial é alto. Segundo a ABSOLAR, o valor médio de um sistema residencial varia entre R$ 18 mil e R$ 25 mil, dependendo da potência e da região. A Geração Distribuída Compartilhada, por sua vez, funciona de forma diferente. O consumidor se torna assinante de uma usina solar remota: a energia é injetada na rede elétrica e os créditos aparecem diretamente na fatura. É como se o telhado do vizinho estivesse trabalhando por você mas, nesse caso, o vizinho é uma usina inteira. Quando cada modelo faz sentido A escolha depende do perfil: Placa solar própria indicada para: Quem mora em imóvel próprio com telhado disponível Possui recursos para o investimento inicial Está disposto a esperar alguns anos até que o sistema se pague. Geração Distribuída ideal para: Moradores de apartamentos, condomínios, pequenos negócios Pessoas que não querem (ou não podem) lidar com obras Ainda não são proprietárias do imóvel Não possuem o espaço necessário para as placas Esse formato explica por que a G.D. se tornou tão popular. Em 2024, a modalidade cresceu quase 60% no país, segundo a ANEEL. Empresas especializadas, como a Lemon Energia, já reúnem dezenas de usinas parceiras e mais de 15 mil clientes consumindo energia solar compartilhada todo mês. O que dizem as regras A Lei nº 14.300/2022, conhecida como Marco Legal da Geração Distribuída, garante que tanto os consumidores com placas próprias quanto os assinantes de usinas remotas tenham direito a compensar a energia gerada com a consumida. Essa previsibilidade dá segurança jurídica e fortalece o setor. Energia do futuro, agora Mais do que uma decisão financeira, a adoção da energia solar é também uma resposta à crise climática. O setor elétrico ainda é responsável por parte significativa das emissões globais, e cada quilowatt limpo injetado na rede é um passo na transição energética. No fim, a pergunta não é apenas se você vai ter energia solar, mas como. E, para a maioria dos brasileiros, a resposta tende a estar na energia limpa compartilhada.