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Mãe de adolescente autista denuncia omissão de escola após filho ser agredido por colega em São Joaquim da Barra, SP

Adolescente de 13 anos foi agredido por aluno de escola em São Joaquim da Barra, SP Arquivo pessoal Uma dona de casa de 31 anos denunciou que o filho dela, de ...

Mãe de adolescente autista denuncia omissão de escola após filho ser agredido por colega em São Joaquim da Barra, SP
Mãe de adolescente autista denuncia omissão de escola após filho ser agredido por colega em São Joaquim da Barra, SP (Foto: Reprodução)

Adolescente de 13 anos foi agredido por aluno de escola em São Joaquim da Barra, SP Arquivo pessoal Uma dona de casa de 31 anos denunciou que o filho dela, de 13 anos, foi agredido na escola onde estuda, em São Joaquim da Barra (SP). O adolescente tem autismo e, segundo a família, já sofreu bullying de outros alunos anteriormente. A mulher registrou um boletim de ocorrência e afirma que a escola não quis dar informações sobre o adolescente agressor. Os dois não estudam na mesma sala. O caso aconteceu por volta das 12h de quinta-feira (11) e a vítima está abalada e não quer voltar a estudar. ✅Clique aqui para seguir o canal do g1 Ribeirão e Franca no WhatsApp Mãe reclama de conduta da escola Ao g1, a mãe do adolescente disse nesta sexta-feira (12) que recebeu uma ligação da escola na quinta, quando se preparava para almoçar. A pessoa dizia que havido tido uma briga e pedia que a dona de casa fosse até o local. "Perguntei se ele estava machucado e falaram que não, que era uma briga, e pediram para ir lá, que já tinha um pai e uma mãe lá, que era para eu ir. Larguei a comida no prato e fui". Na escola, a mãe do adolescente disse que ficou esperando para ser atendida e ouviu o filho chorar e chamar por ela. "Tem uma porta, que é de grade, que você não tem acesso às crianças. Mandaram eu esperar e eu fiquei esperando. Aí escutei o choro dele, perguntando se eu já tinha chegado. Comecei chamar, ele veio com um saco preto no olho e falou 'mamãe, bullying, bullying' e tirou o saco, o olho estava horrível. Aí comecei chacoalhar o portão para abrirem, porque não deixavam eu ter acesso ao meu filho". A escola é da rede estadual de ensino e fica na Rua Rio Grande do Norte, no Centro de São Joaquim da Barra. Em nota enviada ao g1, a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo informou que repudia todo e qualquer tipo de violência dentro ou fora do ambiente escolar (veja mais abaixo). A polícia foi acionada pela mãe. A Secretaria de Segurança Pública disse que o caso foi registrado no 2º Distrito Policial de São Joaquim da Barra como intimidação sistemática (bullying). Violência e abuso sexual infantil: saiba como denunciar Adolescente já foi agredido anteriormente Segundo a mãe, esta não foi a primeira vez que o adolescente foi agredido por colegas. Ele estuda na instituição de ensino há um ano, porque a família mudou de bairro e ele precisou mudar de escola. "Ele já sofria bullying ali, só que eu peguei no pé [da direção] e deu uma parada. Meu filho é mais literal, e ele tropeçou no pé de um menino e o menino perguntou 'você não está vendo meu pé?' e ele falou 'não, eu não estou vendo' na mesma altura. Ele é literal, ele não estava vendo o pé do menino e o menino agrediu ele por isso. Eles [a escola] são omissos, não fazem nada, não tomam uma providência". A dona de casa afirma que agora, depois deste novo episódio de agressão, o filho não quer mais voltar para a escola. "Meu filho está abaladíssimo. Ontem eu estava conversando com ele e ele falou que não quer voltar pra escola. Isso aí vai estar sempre acontecendo. Enquanto eles não tomar uma providência séria, não vai melhorar. Ele não é o primeiro, não é o segundo. Muitas crianças sofrem ali naquela escola, muitas". O que diz a Secretaria de Educação Em nota, a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo informou que a direção acionou os responsáveis dos estudantes envolvidos no caso e conversou com todos conforme compareceram à unidade de ensino. A Polícia Militar também foi acionada e acompanhou a responsável e o aluno agredido para o atendimento médico. O caso foi inserido no Conviva-SP, plataforma de gestão das ocorrências das escolas estaduais. Um profissional do programa Psicólogos nas Escolas que já atua com frequência na unidade escolar intensificará as estratégias de cultura de paz e mediação de conflitos. Veja mais notícias da região no g1 Ribeirão Preto e Franca VÍDEOS: Tudo sobre Ribeirão Preto, Franca e região VÍDEOS: Tudo sobre Ribeirão Preto, Franca e região| em G1 / SP / Ribeirão Preto e Franca